O azeite é amigo ou inimigo da saúde? Saiba o que dizem os especialistas
O azeite pode mesmo auxiliar na manutenção da saúde? Especialistas acreditam que sim! Veja mais a seguir.
Sabia que o azeite contribui para a sua saúde e pode até mesmo prevenir o risco de demência, problemas cardíacos, declínio cognitivo ou mesmo morte precoce? Descubra como essa gordura pode ser o seu aliado na alimentação saudável!
Confira o quão benéfico é esse alimento comum da cozinha mediterrânica, dependendo da forma em que o produto é colhido, processado, armazenado e utilizado, seja em explorações agrícolas ou moinhos, mercearias ou mesmo na sua residência.
“Os benefícios para a saúde vêm de uma variedade de fatores ou componentes do azeite”, disse Tassos Kyriakides, professor assistente de bioestatística na Escola de Saúde Pública de Yale em New Haven, Connecticut. “O principal deles é o ácido oleico, que demonstrou trazer benefícios muito saudáveis.”
Colheita e processamento
Desde muito tempo, marcas que detém um azeite de alta qualidade são as que são cuidadosas com cada processo, desde o momento da colheita, disse Kyriakides. Assim, o azeite que vem de azeitonas muito verdes, colhidas com zelo, e que ainda não amadureceram totalmente, é o melhor, pois concentra mais quantidade de componentes saudáveis, acrescentou.
A velocidade com a qual as azeitonas passam da colheita até o processamento em azeite é o próximo passo que mais precisa de atenção.
“Algumas empresas têm moinhos e processamento próprios onde, em duas horas, podem retirar os frutos das árvores, colocá-los no moinho e obter o produto”, disse Kyriakides. Desa forma, é possível minimizar o risco da fruta oxidar ou fermentar por ficar parada tempo de mais após a colheita.
Além disso, não deve se ter mais de alguns dias entre as datas de colheita e processamento, acrescentou.
A forma de processamento do óleo é um dos principais fatores para descobrir se o produto é mesmo saudável, segundo especialistas. Por isso que o azeite de oliva extra virgem é a versão mais saudável, pois é prensado a frio apenas uma única vez. Sem uso de altas temperaturas, ou solventes químicos. Assim, o processamento especial auxilia no preparo do azeite extra virgem a manter seus nutrientes.
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Métodos de frescor e armazenamento
Até aqui você deve estar se perguntando: como descobrir como as marcas colhem suas azeitonas e como as processam? Porém, com a crescente popularidade no consumo do azeite graças aos benefícios a saúde, algumas empresas optaram por expor essas informações nos rótulos dos produtos. Como alternativa, algumas colocam etiquetas com QR code para ler essas informações pelo celular.
Mas ainda assim, não deixe de verificar as datas de colheita, processamento e engarrafamento além do prazo de validade para ter certeza que está escolhendo a opção mais fresca, como recomendam especialistas.
Dessa forma, opções que não levam mais de três meses entre a colheita e a prateleira são a melhor escolha. E o quão mais longe estiver o prazo de validade do azeite, mais fresco o produto está, conforme afirmou Kyriakides.
O Conselho Oleícola Internacional orientou as marcas para que estas limitem o prazo de validade a não mais de dois anos após o engarrafamento.
Por isso, se na embalagem diz que a época de colheita foi 23/24, “isso significa que a colheita durou do final de 2023 até o início de 2024”, disse Kyriakides. “Outros serão muito rigorosos – dirão outubro, setembro de 2023.”
Mau armazenamento pode corromper compostos do azeite
Da mesma forma como ocorre com os compostos do chá ou do chocolate, os do azeite podem se degradar com o tempo. Ainda mais se for armazenado em um ambiente quente ou exposto à luz, ou ao ar, disse Selina Wang, professora associada de extensão cooperativa em frutas de pequena escala e processamento de vegetais na Universidade da Califórnia, Davis.
Por isso, é fundamental armazenar o azeite em um ambiente fresco e em garrafa de vidro de cor escura durante toda a durabilidade do azeite. A importância de manter o azeite em ambiente fresco é também o motivo pelo qual consumir o óleo em saladas ou para cozinhar. No entanto, independentemente da forma como é consumido, o azeite é a melhor das gorduras presentes nos supermercados, como afirmam especialistas.
Por isso que, ao encontra o azeite de oliva extra virgem em uma prateleira alta próximo a grandes luzes artificiais, e a garrafa estiver quente, isso pode ser um sinal de alerta, afirmou Kyriakides.
“Não vou comprar esse óleo, porque sei que ele está ali, já foi exposto a esse calor”, acrescentou.
Preservando seu óleo em casa
Além das informações a respeito das datas de colheita e processamento, outra boa maneira de avaliar se o seu azeite está apto para consumo é através do sabor.
“Quanto mais sabor um azeite tem, mais benefícios para a saúde”, como os compostos que o compõem também auxiliam no sabor do azeite, disse Joseph R. Profaci, diretor-executivo da North American Olive Oil Association, uma associação comercial da indústria, via e-mail. “Se a saúde é o principal fator, os consumidores devem procurar aqueles que sejam robustos, em vez de leves”.
Assim, Profaci pediu para que as pessoas “se habituem a abrir a garrafa de azeite assim que a chegam a casa e a prová-la”, acrescentou. “Isso os ajudará a desenvolver um paladar mais exigente para o azeite. Se eles sentirem esse gosto e ficarem desapontados, e especialmente se tiver o gosto rançoso de giz de cera ou nozes estragadas, leve-o de volta à loja e peça o reembolso ou a substituição”.
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Após prová-lo, se o azeite estiver bem fresco, não o ponha em banho-maria em ocasiões especiais, disse Wang.
“Você deve consumir seu azeite o mais rápido possível”, acrescentou ela, “porque os motivos pelos quais você o compra – que são para a saúde e depois para o sabor – diminuem à medida que o azeite envelhece”.
Por fim, manter o óleo armazenado na geladeira ajuda a estender a proteção dos fenólicos por mais um ou dois anos “apenas certifique-se de colocá-lo na bancada um pouco antes de colocá-lo na salada para que possa aquecer até a consistência normal”, Kyriakides disse.
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