Copom Eleva a Taxa Selic e Mantém Compromisso com a Convergência da Inflação

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa Selic em 0,25 ponto porcentual, elevando-a de 10,5% para 10,75% ao ano.

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O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa Selic em 0,25 ponto porcentual, elevando-a de 10,5% para 10,75% ao ano. A decisão, tomada na última quarta-feira, 18, foi detalhada na ata divulgada nesta terça-feira, 24, pelo Banco Central. Este foi o primeiro ajuste realizado sob o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. O cenário econômico, marcado por resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho e projeções de inflação elevadas, exigiu uma política monetária mais contracionista, segundo o documento. Essas condições levam o Copom a manter um firme compromisso de convergência da inflação à meta estabelecida.

Próximos Ajustes na Selic

O Copom ressaltou que os próximos ajustes na taxa Selic e a magnitude total desse ciclo de aumento dos juros serão pautados pela evolução da dinâmica da inflação e seus componentes mais sensíveis à atividade econômica. O aumento recente foi atualizado após a divulgação do relatório Focus, que indica elevação da Selic para até 11,75% ao ano em janeiro de 2025.

Como o Aumento da Selic Afeta a Economia?

O aumento da Selic visa controlar a inflação, mas também impacta diversos setores da economia. A elevação da taxa de juros encarece o crédito, desestimulando o consumo e, por conseguinte, freando a demanda agregada. No entanto, isso pode retardar o crescimento econômico e aumentar o custo dos financiamentos para empresas e consumidores.

Expectativas de Inflação e a Meta do BC

Apesar do aumento da Selic, as expectativas de inflação também subiram. A projeção do Copom para o IPCA acumulado em quatro trimestres no primeiro trimestre de 2026 é de 3,50%. O objetivo é que o IPCA feche 2024 em 4,30% e desacelere para 3,70% em 2025.

Quais são os Riscos Considerados pelo Copom?

Copom considera riscos com alta da Selic. Veja. (Fonte: Reprodução Freepik)

O Copom dividiu sua análise em três dimensões:

  • Cenário econômico: Resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho exigem uma política monetária mais rígida.
  • Ajustes graduais: Necessidade de uma aproximação gradual na política monetária para acompanhar os dados com precisão e permitir que mecanismos de transmissão atuem.
  • Ritmo e magnitude: Debate sobre o ritmo e magnitude do ajuste, focando na comunicação clara e precisa para manter a confiança do mercado.

Impacto do Mercado de Trabalho na Inflação

O Copom observou que o mercado de trabalho brasileiro tem se mostrado dinâmico, com ganhos reais nos salários mínimos nos últimos meses. Contudo, essa situação pode exercer pressão inflacionária se continuar sem um aumento correspondente na produtividade. Fatores como a falta de oferta de trabalho em certos setores também foram considerados no impacto potencial sobre a inflação.

Política Fiscal e Neutralização dos Riscos

A ata do Copom destacou que a política fiscal crível é essencial para a ancoragem das expectativas de inflação. O comitê continua monitorando como as recentes políticas fiscais impactam a política monetária e os ativos financeiros. Uma política fiscal que sinalize claramente o compromisso com a estabilização da dívida pública pode reduzir os prêmios de risco dos ativos financeiros, impactando positivamente a política monetária.

Desafios Globais e Impactos Locais

O Copom também enfatizou as incertezas globais, especialmente o ciclo econômico dos Estados Unidos e a postura do Federal Reserve (Fed). Este cenário de incerteza global e volatilidade cambial exige mais cautela na condução da política monetária doméstica.

Em resumo, a recente alta da Selic reflete o compromisso do Banco Central em alinhar a inflação à meta e monitorar de perto as evoluções econômicas internas e externas. As próximas decisões continuarão a ser pautadas pela dinâmica inflacionária e os desafios impostos pelo cenário econômico global.

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