Governo diminui juros dos Empréstimos Consignados, mas traz problemas para Aposentados – Entenda
Pela 4ª vez no ano o governo decide cortar a taxa de juros do consignado, mas a redução traz consequências negativas a população. Veja com detalhes.
Iniciativas voltadas a ajudar a população de baixa renda, muitas das vezes, podem acabar resultando no contrário. Foi o que aconteceu após a recente redução da taxa de juros do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do INSS. A qual resultou em uma diminuição na disponibilidade dessa modalidade de crédito por parte dos bancos, incluindo os estatais.
Queda nos juros do consignado prejudica aposentados e pensionistas
Então, os beneficiários do empréstimo consignado passaram a enfrentar problemas quando o ministro da Previdência, Carlos Lupi, anunciou, por vontade política, uma redução da taxa de 2,14% para 1,7% no mês de março. Logo, os guichês dos bancos, incluindo Caixa e Banco do Brasil, passaram a cancelar a oferta desta linha de crédito.
Mas, em uma rápida decisão, Lupi elevou a taxa para um nível de risco além do permitido pelas regras das instituições financeiras. O governo teve que retroceder, estabelecendo os juros em 1,97%. Posteriormente, reduziu para 1,91% em agosto. Entre março, o mês do primeiro corte, e setembro, o volume de empréstimos consignados atingiu R$ 38,7 bilhões, uma queda de 30% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Leia mais: NOVO REAJUSTE NO SALÁRIO DOS APOSENTADOS – Veja agora as novidades!
Por mais que seja uma operação considerada de baixo risco para os bancos, uma vez que as prestações são descontadas diretamente da conta do beneficiário do crédito. Há detalhes técnicos que, por vezes, escapam à compreensão de políticos.
Assim como qualquer empresa, os bancos enfrentam custos ao conceder empréstimos e reagem defensivamente quando o governo considera tabelar os juros em níveis muito baixos. Quem precisa do financiamento acaba arcando com o preço, e, ao tentar ajudar, o governo acaba gerando obstáculos.
CLIQUE AQUI e receba as PRINCIPAIS NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA pelo WhatsApp
Redução do consignado fazem bancos cessarem ofertas
No mês passado, sob a justificativa de mais uma redução na taxa básica de juros, a Selic, o Conselho da Previdência Social cortou novamente a taxa do empréstimo consignado para 1,84%. Outra inadequação: a Selic é uma taxa de curto prazo, enquanto o consignado envolve operações de médio e longo prazos. Mas, deve passar para 1,80%, ao entrar em vigor após a publicação no Diário Oficial.
Dessa forma, Rafael Baldi, diretor de Produtos da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), observa que esse limite no crédito consignado está impactando a oferta de produtos para os aposentados mais idosos. Muitas operações já não são mais viáveis, e Baldi destaca que, sem o consignado, aqueles que precisam de dinheiro recorrem a linhas de crédito mais caras.
Diante de dificuldades financeiras, algumas pessoas buscam a Justiça, alegando um significativo comprometimento da renda para quitar as parcelas. Esse é mais um fator de risco que desencoraja a concessão de empréstimos.
As instituições financeiras encerram suas ofertas, e os indivíduos que buscam esse tipo de empréstimo veem o acesso aos bancos se tornar cada vez mais difícil.
Veja Também:
Dica bônus:
Receba nossas informações diariamente de forma gratuita, nos seguindo em nossas redes sociais:
CLIQUE E CONHEÇA NOSSA PÁGINA NO INSTAGRAM!
