Pão e Álcool: O CHOCANTE Resultado em Testes de Bafômetro

Saiba tudo sobre a situação curiosa sobre os pães de forma

Por Tiago Vieira Publicado em 12 jul, 2024

Alguma vez você já imaginou que comer pão poderia influenciar no resultado de um teste de bafômetro? Segundo uma recente análise realizada pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, conhecida como Proteste, essa possibilidade existe. O estudo apontou que o consumo de pães de algumas marcas conhecidas poderia, de fato, resultar em um teste positivo para álcool.

A pesquisa avaliou diversas marcas populares nos supermercados brasileiros, incluindo Visconti, Bauducco e Wickbold 5 zeros, e revelou dados surpreendentes sobre o teor alcoólico presente em alguns destes produtos alimentícios. A metodologia envolveu testes rigorosos que simularam as condições do teste de bafômetro utilizado pelas autoridades de trânsito.

Quais Marcas Foram Testadas?

pão — Veja mais sobre o assunto a seguir. (Fonte: Freepik)

No estudo, além das já mencionadas, foram avaliadas as marcas Wickbold Sem Glúten, Wickbold Leve, Panco, Seven Boys, Plusvita e Pullman. Surpreendentemente, somente as duas últimas foram completamente aprovadas em todos os testes que identificaram o teor alcoólico.

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Por que Encontramos Álcool nos Pães?

A presença de álcool nos pães pode parecer estranha, mas existe uma explicação técnica e natural para isso. Durante a fermentação, processo essencial na fabricação de pães, forma-se álcool etílico. Normalmente, esse álcool evapora ao longo do cozimento no forno. Entretanto, a análise realizada pela Proteste sugere que o uso de conservantes à base de álcool para combater o mofo pode estar elevando os níveis de álcool residual, ultrapassando, em alguns casos, o limite considerado seguro.

Henrique Lian, diretor executivo da Proteste, destacou a necessidade de revisão nas normativas. “Embora a legislação brasileira permita o uso de algumas substâncias nos alimentos, é crucial revisar essas regras para assegurar que o etanol residual não traga problemas aos consumidores”, enfatiza Lian.

Reações das Marcas Envolvidas

Diante dos resultados controversos, várias marcas foram questionadas sobre o teor alcoólico em seus produtos. Wickbold e Seven Boys, através de um comunicado, asseguraram que seus processos de fabricação seguem rigorosos controles de qualidade e estão em conformidade com toda a legislação vigente.

Por outro lado, a Pandurata Alimentos, responsável pelos produtos Bauducco e Visconti, salientou que adota padrões de segurança alimentar reconhecidos internacionalmente em todo seu processo produtivo e na cadeia de fornecimento. No entanto, a empresa aguarda acesso ao estudo e sua metodologia para se manifestar de forma conclusiva.

Enquanto outras marcas envolvidas no estudo, como Panco e a Bimbo, que detém as marcas Pullman e Plusvita, não emitiram posicionamentos detalhados até o momento. A Proteste, por sua vez, enviou um ofício ao Ministério da Agricultura e à Anvisa, propondo uma revisão nos limites permitidos de álcool nos alimentos e solicitando fiscalização aprimorada.

Este caso levanta importantes discussões sobre os padrões de segurança alimentar e as práticas de fabricação indústria de alimentos. Fica claro que a transparência e o controle rigoroso são essenciais para a confiança do consumidor e para a garantia de produtos seguros no mercado.