ATENÇÃO: Bradesco e Banco do Brasil planejam RETIRAR Cielo da Bolsa; operação exigirá DESPESA de R$ 5,9 bilhões
Os gigantes bancários Bradesco e Banco do Brasil, que detêm o controle da empresa Cielo, estão planejando uma oferta para retirar a companhia da bolsa de valores. A Cielo tem sido listada na B3 desde 2009, mas agora os bancos estão buscando fechar seu capital.
De acordo com informações da empresa, a proposta, sujeita a diversas aprovações, estabelece um preço por ação na oferta de R$ 5,35, o que representa um aumento de 6,4% em relação ao valor de fechamento das ações na última segunda-feira, dia 5.
Essa oferta será realizada não apenas pelos dois bancos, mas também pela EloPar, uma holding controlada por ambos, assim como pela Alelo e pela Livelo. A oferta poderá abranger todas as ações da companhia que não são de propriedade dos dois bancos, caso seja aceita.
Cielo: Mudanças nos Registros e na Governança Corporativa
Além disso, os acionistas majoritários solicitarão à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a conversão do registro da empresa de categoria A para B. Também buscarão junto à B3 a retirada da Cielo do Novo Mercado, um segmento que impõe as mais rigorosas exigências em termos de governança corporativa no mercado brasileiro.
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O laudo de avaliação foi conduzido pelo Bank of America, enquanto a Oferta Pública de Aquisição (OPA) será intermediada pelo Bradesco BBI. Em um comunicado oficial, o Banco do Brasil informou que sua participação na companhia poderá atingir até 49,99% do capital, com o restante sendo adquirido pelo Bradesco.
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Decisão dos bancos
Após avaliações internas, os dois grandes bancos decidiram que era o momento oportuno para retirar a Cielo da bolsa de valores. Fontes confidenciais revelaram ao Estadão/Broadcast que as discussões sobre essa medida eram frequentes, mas ganharam mais força com a nomeação de Marcelo Noronha para a presidência do Bradesco, em novembro passado.
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Noronha, que está no banco há cerca de duas décadas, desempenhou um papel fundamental na estruturação da Cielo durante os anos 2000, contribuindo para sua configuração atual, na qual os dois bancos detêm o controle.
Por outro lado, o Banco do Brasil, sob a liderança de Tarciana Medeiros desde 2023, com 24 anos de experiência na instituição, tem um histórico no varejo, um dos setores que pode se beneficiar com a internalização da empresa de maquininhas.
Cielo: Evolução de uma Parceria Bancária
Desde sua criação em 1995, a Cielo surgiu como uma sociedade entre diversos bancos, inicialmente focada no processamento de transações com cartões Visa. Com o decorrer do tempo e a abertura do mercado, muitos bancos se desligaram da parceria, restando apenas o Bradesco e o Banco do Brasil (BB) como sócios.
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Agora, com a proposta de fechamento de capital, Bradesco e BB assumirão metade do negócio cada, caso todos os acionistas minoritários adiram à oferta. Esse movimento é visto como estratégico, especialmente para o segmento de pessoas jurídicas dos dois bancos, segundo um executivo envolvido no processo. “A adquirência é muito importante para a fidelização do cliente, principalmente da pequena e média empresa”, disse.
A expectativa é que essa mudança proporcione aos dois bancos uma maior flexibilidade para oferecer produtos combinados. Vale destacar que, devido à presença de acionistas minoritários, as políticas de preço da Cielo são frequentemente comparadas às de concorrentes como Stone e PagBank (antigo PagSeguro), mesmo atendendo públicos diferentes e sendo empresas de capital aberto.
Concorrência Acentuada Afeta Rentabilidade da Cielo
O aumento da competição no setor levou a uma queda na rentabilidade da Cielo, gerando constantes especulações sobre o fechamento de seu capital. O modelo adotado pela Rede, controlada pelo Itaú Unibanco, tornou-se um exemplo, com o fechamento de seu capital em 2012.
É notável que esse movimento ocorra um ano após a perda da liderança de mercado pela Cielo para a Rede. A ascensão da concorrente ocorreu após sua total integração ao banco. Agora, a Rede é uma ferramenta estratégica do Itaú para atrair e fidelizar pequenas e médias empresas (PMEs), não mais uma entidade separada.
Um movimento semelhante foi observado com o Santander espanhol e sua empresa Getnet em 2022. Poucos meses após sua listagem na Bolsa, a empresa concentrou esforços nas PMEs, adotando uma abordagem agressiva em termos de preços para conquistar seu espaço no mercado.
Como ficará
Um indício desse movimento de integração é a estrutura da oferta. Não apenas o Bradesco e o Banco do Brasil adquirirão ações, mas também a EloPar, a Alelo e a Livelo, empresas resultantes da parceria entre os dois bancos no setor de cartões. A intenção é unificar ainda mais as operações, conforme informou uma fonte próxima às negociações. Atualmente, a Cielo opera de forma independente em relação à EloPar, que controla ambas as empresas.
Os acordos comerciais entre os bancos e a Cielo não serão alterados, mesmo que a empresa deixe de ser listada na Bolsa de Valores. A Cielo mantém contratos com o Bradesco e o Banco do Brasil para definir as taxas que paga a ambos, entre outros aspectos. Neste ano, introduziu uma cláusula nos contratos para promover o uso da antecipação de recebíveis pelos clientes dos dois bancos.
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A empresa está em processo de contratação de agentes comerciais para atuar nas redes das duas instituições. Dessa forma, estima-se que 700 novos profissionais sejam contratados com o objetivo de intensificar as vendas de maquininhas para pequenas e médias empresas em todo o Brasil.
A estrutura acionária da Cateno permanecerá inalterada. Criada pelo Banco do Brasil em 2014, a Cateno emite cartões para o banco, embora 70% de seu capital pertença à Cielo, sendo a principal fonte de resultados da empresa.“A Cateno é da Cielo e continuará sendo”, afirmou um executivo.
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