ATENÇÃO: Seu familiar pode estar em RISCO! Confira os Remédios que Não Devem ser usados por Idosos!
Estudo revela alto risco dos medicamentos potencialmente inapropriados para idosos. Veja mais informações agora!
Um estudo recente revelou que uma significativa parcela dos pacientes idosos internados num hospital brasileiro usava medicamentos potencialmente inapropriados (MPIs). Esses fármacos, apesar de comuns, podem acarretar riscos à saúde dos idosos, como complicações cognitivas e aumento da vulnerabilidade a infecções. Segundo a pesquisa realizada pelo Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, publicada no Journal of the American Medical Directors Association (JAMDA), o uso inadequado desses medicamentos é uma prática preocupante no tratamento de idosos.
Entre os remédios mais frequentemente identificados no estudo está o omeprazol, muito utilizado para tratar problemas gastrointestinais como refluxo e úlceras. Porém, seu uso indiscriminado sem a devida indicação médica pode resultar em efeitos colaterais particularmente perigosos para pessoas idosas. A importância de prescrever esses medicamentos com cautela é destacada para evitar repercussões desfavoráveis na saúde dos pacientes mais vulneráveis.
Qual o impacto dos medicamentos inapropriados na saúde dos idosos?

Medicamentos potencialmente inapropriados representam desafios únicos na gestão da saúde de idosos, especialmente em ambientes hospitalares. Quando prescritos sem rigor, esses medicamentos podem contribuir para estadias hospitalares prolongadas, aumento de eventos adversos e complicações sérias como quedas e confusão mental. A pesquisa revela que dos 14.560 casos de internações analisados, 71,8% enfrentaram esse problema, ressaltando a necessidade de revisar protocolos de prescrição e monitoramento rigoroso desses pacientes.
O uso de tecnologia, como alertas de inteligência artificial no sistema hospitalar, desempenha um papel crucial na identificação de potenciais riscos. Esses alertas permitem que os profissionais de saúde reavaliem a necessidade de tais medicamentos, reduzindo a probabilidade de desfechos adversos. Especialistas estão enfatizando essa prática como essencial para melhorar o cuidado no ambiente hospitalar.
Lista de alguns medicamentos que podem ser prejudiciais a saúde dos idosos se usados sem acompanhamento médico:
Medicamento | Efeito indesejável | Alerta |
---|---|---|
Amiodarona | Prolongamento de intervalo QT, risco de torsades de pointes | Medicamento potencialmente inapropriado para idosos: monitorar risco de prolongamento de QT, função tireoideana e pneumopatia. |
Nifedipino | Hipotensão; isquemia miocárdica | Medicamento potencialmente inapropriado para idosos: monitorar risco de hipotensão e isquemia miocárdica. |
Amitriptilina, clomipramina, doxepina, imipramina, nortriptilina | Forte efeito anticolinérgico e sedativo; risco de hipotensão ortostática ou bradicardia. Causam ataxia, síncope, novas quedas e prejudicam e função psicomotora | Medicamento potencialmente inapropriado para idosos: monitorar risco de sedação, hipotensão ortostática e queda |
Fenobarbital | Maior risco de dependência física; tolerância aos benefícios do sono; maior risco de overdose em doses baixas | Medicamento potencialmente inapropriado para idosos: monitorar tolerância. |
Glimepirida e glibenclamida | Maior risco de dependência física; tolerância aos benefícios do sono; maior risco de overdose em doses baixas | Medicamento potencialmente inapropriado para idosos: monitorar risco de hipoglicemia grave. |
Omeprazol, pantoprazol, esomeprazol, lansoprazol, dexlansoprazol | Risco de infecção por Clostridium difficile; perda óssea e fratura | Medicamento potencialmente inapropriado para idosos: podendo aumentar o risco de infecção por Clostridium difficile, perda de massa óssea e fraturas. |
Pioglitazona | Risco de retenção líquida e/ ou exacerbação de insuficiência cardíaca | Medicamento potencialmente inapropriado para idosos portadores de IC: monitorar retenção de fluidos e exacerbação dos sintomas. |
Donepezila, galantamina e rivastigmina | Bradicardia | Medicamento potencialmente inapropriado para idosos com bradicardia e síncope: monitorar frequência cardíaca e risco de queda. |
Alprazolam, bromazepam, cloxazolam, clonazepam, diazepam, flunitrazepam, flurazepam, lorazepam, midazolam e nitrazepam | Causam ataxia, síncope, novas quedas e prejudicam e função psicomotora | Medicamento potencialmente inapropriado para idosos com histórico de quedas ou fraturas: monitorar sonolência |
Haloperidol, droperidol, tioridazina, quetiapina, risperidona, ziprasidona, aripiprazol, clozapina, pimavanserina, periciazina | Causam ataxia, síncope, novas quedas e prejudicam e função psicomotora | Medicamento potencialmente inapropriado para idosos com histórico de quedas ou fraturas: monitorar sonolência. |
Clorpromazina, olanzapina, levomepromazina | Forte efeito anticolinérgico e sedativo; risco de hipotensão ortostática ou bradicardia | Medicamento potencialmente inapropriado para idosos com histórico de quedas ou fraturas: monitorar sonolência |
Carbamazepina, fenitoína, lamotrigina, oxcarbazepina, vigabatrina, valproato, topiramato, gabapentina, pregabalina e levetiracetam | Causam ataxia, síncope, novas quedas e prejudicam e função psicomotora | Medicamento potencialmente inapropriado para idosos com histórico de quedas ou fraturas: monitorar sonolência. |
Zolpidem, zopiclona e eszopiclona | Causam ataxia, síncope, novas quedas e prejudicam e função psicomotora | Medicamento potencialmente inapropriado para idosos com histórico de quedas ou fraturas: monitorar sonolência. |
Fluoxetina, sertralina, citalopram, escitalopram, paroxetina, fluvoxamina, duloxetina, venlafaxina e desvenlafaxina | Causam ataxia, síncope, novas quedas e prejudicam e função psicomotora | Medicamento potencialmente inapropriado para idosos com histórico de quedas ou fraturas: monitorar sonolência. |
Como minimizar os riscos associados aos MPIs?
Para mitigar os riscos associados aos medicamentos potencialmente inapropriados, é crucial uma abordagem multidisciplinar envolvendo médicos, farmacêuticos e outros profissionais da saúde. O monitoramento cuidadoso e a avaliação contínua da condição de saúde do idoso são passos vitais. Isso inclui revisar regularmente todos os medicamentos em uso, bem como considerar alternativas terapêuticas que ofereçam menor risco de efeitos colaterais indesejados.
Por sua vez, os profissionais de saúde são encorajados a atualizar suas práticas e garantir que os medicamentos sejam prescritos com base em evidências sólidas, levando em consideração as condições específicas de cada paciente. Reforçar a educação em saúde dentro das equipes médicas também pode ampliar a consciência sobre a importância de ser crítico na prescrição de MPIs.
Que desafios existem na prescrição de MPIs para idosos?
Um dos desafios significativos na prescrição de medicamentos para idosos é acomodar a complexidade das condições clínicas que eles frequentemente apresentam. Doenças crônicas, múltiplas comorbidades e alterações na absorção e metabolismo dos medicamentos requerem uma abordagem personalizada e criteriosa da farmacoterapia. Apesar dessa necessidade, o estudo observou que muitos médicos plantonistas exibiram resistência em ajustar ou substituir medicamentos que os pacientes já utilizavam, mesmo diante dos alertas de risco.
Portanto, um dos objetivos futuros é incentivar a troca de conhecimentos entre disciplinas médicas para aumentar a segurança dos pacientes idosos. As estratégias incluem a promoção de práticas baseadas em diretrizes e colaborações interdisciplinares para formular planos de tratamento que reduzam a dependência de MPIs.
O futuro do cuidado geriátrico em relação aos MPIs
O estudo do Hospital Sírio-Libanês lança luz sobre uma questão crítica na assistência aos idosos e destaca os esforços necessários para garantir tratamentos mais seguros e eficazes. O uso criterioso de alertas de inteligência artificial e a vigilância contínua no uso de MPIs são passos iniciais promissores na jornada rumo à otimização do cuidado geriátrico.
No futuro, espera-se que mais áreas da medicina integrem práticas que priorizem a saúde e a segurança dos idosos, promovendo uma abordagem holística e colaborativa no tratamento médico. O objetivo último é melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes idosos, minimizando os riscos associados à farmacoterapia.