Como a Ciência Explica Nossos sonhos e Seus Significados

Descubra mais sobre os mistérios por trás dos sonhos: por que sonhamos, qual é a sua função e como a ciência busca entender esse fenômeno intrigante.

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Por Mirian Carla Publicado em 14 mar, 2024

Por que sonhamos? Os sonhos são um estado consciente, fisiológico e psicológico que ocorre durante o sono, caracterizado por uma variedade de experiências sensoriais, motoras e emocionais do organismo, de acordo com a definição da Associação Americana de Psiquiatria (APA).

Durante os períodos de sono REM (movimento rápido dos olhos), os sonhos tendem a ocorrer com mais frequência, enquanto durante o sono NREM (movimento não rápido dos olhos), ocorrem em menor grau. As características dos sonhos variam de acordo com a fase do sono em que ocorrem.

Os sonhos na fase NREM são principalmente caracterizados por pensamentos e emoções, sendo que as pessoas que acordam durante essa fase relatam menos sonhos, conforme observado pela APA.

Por outro lado, os sonhos na fase REM são caracterizados principalmente por imagens visuais acompanhadas de um senso de movimento no espaço, intensa emoção e uma sensação de realidade nas personagens, eventos e situações do sonho.

Além disso, apresentam descontinuidades repentinas nas personagens, situações e elementos da trama do sonho. Quer saber mais sobre a relação entre ciência e sonhos? Leia este artigo até o final! Temos muitas informações interessantes para te relevar!

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A ciência por trás dos sonhos

Como a Ciência Explica Nossos sonhos e Seus Significados. (Fonte: Reprodução Google).

Os estudiosos há muito se interessam pela natureza, significado e função dos sonhos. Hipócrates, médico grego do século V a.C., sugeriu que os sonhos podem fornecer sinais precoces de doença, conforme relatado pela APA.

Sigmund Freud, conhecido como o pai da psicanálise, dedicou-se ao estudo dos sonhos, sugerindo que eles são representações simbólicas de impulsos conflituosos reprimidos pela consciência durante o estado de vigília, para evitar angústia emocional.

Nas décadas de 1950 e 1960, avanços no entendimento do sono, REM e NREM deram início ao estudo científico dos sonhos como um processo neuro cognitivo. Desde então, várias hipóteses têm sido propostas, conforme indicado pela associação americana.

No entanto, apesar das investigações científicas, o motivo pelo qual as pessoas sonham e o significado das imagens percebidas durante o sono permanecem um mistério, como esclarecido por um artigo da Divisão de Medicina do Sono da Faculdade de Medicina de Harvard.

Qual a função dos sonhos?

Os cientistas ainda têm um longo caminho a percorrer em sua busca para compreender os sonhos e sua utilidade. No entanto, algumas teorias já foram propostas.

Segundo um artigo intitulado “O papel funcional do sonho nos processos emocionais“, publicado na revista científica Frontiers in Psychology em 2019, acredita-se que o sono REM desempenhe um papel crucial no processamento das experiências emocionais vivenciadas durante a vigília. Ele contribui significativamente para a consolidação da memória emocional.

Além disso, conforme sugerido pelo mesmo artigo, os sonhos podem servir como um mecanismo de simulação do mundo real. Eles podem representar uma forma de resolver problemas com base em estratégias emocionais de sobrevivência.

Por que não lembramos dos sonhos?

Segundo a neurociência, confirmada pela teoria de Freud, sonhamos todas as noites, mas nem sempre conseguimos recordar. Para que isso ocorra, um segundo processo é necessário.

Ronaldo Coelho explica que esse processo, denominado por Freud como formação ou elaboração secundária do sonho, é fundamental para lembrar do sonho e ser capaz de relatá-lo a alguém. Antes desse processo, o sonho não é lembrado em sua totalidade.