NOVIDADE! ChatGPT tem um rival que chegou ao Brasil e promete textos menos “robóticos”
Possibilidades de criação estão cada vez mais expansivas com a chegada da nova IA Claude.
Agora o ChatGPT tem um adversário a altura! A nova IA Claude, está disponível no Brasil desde o dia 1º de agosto. A inteligência artificial desenvolvida pela Anthropic se destaca por sua habilidade textual, que não se limita a estruturas textuais padrões, que às vezes engessam o chatbot da OpenAI.
Especialistas consultados pela reportagem do Folha de São Paulo afirmaram que o Claude não tinha a mesma desenvoltura demonstrada em inglês em português. A Anthropic iniciou sua expansão global em maio, depois de mais de um ano de experiência nos Estados Unidos.
Confira a seguir maiores detalhes da nova IA.
Claude não funciona em português da mesma forma que em inglês!
Segundo o diretor de produto da empresa, o brasileiro Mike Krieger, mais conhecido por ser cofundador do Instagram, afirma que um último avanço técnico da empresa teria resolvido o problema no desempenho da IA em português.
O chatbot já funcionava em 175 países antes de vir ao Brasil. Chegou em Portugal em maio, onde os moradores testaram a performance do modelo com o idioma nativo. O consultor português Rafael Estrela aprova o desempenho do chatbot como redator, e destaca a capacidade da IA de fornecer fontes confiáveis e as “explicações claras”.
A versão gratuita do Claude permite acesso limitado ao modelo de inteligência artificial mais recente da Anthropic, o Claude 3.5 Sonnet —que, de acordo com o anúncio da própria empresa, superaria o GPT-4o, da OpenAI, em testes de linguagem e raciocínio, por mais que perca em alguns desafios de matemática. Os planos pagos custam a partir de R$ 110.
Krieger cita “a personalidade do Claude” como o maior diferencial frente a outras concorrentes de IAs generativas da concorrência. “Para a Anthropic, não se trata só de ter a resposta correta, queremos dar uma experiência interativa e humana.”
A maior naturalidade da escrita do Claude foi provada por um estudo independente de pesquisadores da Universidade de Colúmbia e da gigante da tecnologia Salesforce que compararam o desempenho de IAs com o de escritores.
No resultado, os textos de origem humana, escritos por profissionais, recebiam aprovação em 84,7% das simulações, os do ChatGPT, em 9%, e os do Claude, em 30%. O professor da PUC-SP Diogo Cortiz, que pesquisa sobre modelos de IA generativa, afirma que utiliza o Claude como auxiliar na escrita.
“Não repete estrutura, não fica enfiando adjetivos e advérbios”, descreve.
Possibilidades de uso da IA
A Anthropic postou em maio um artigo quanto o funcionamento de sua tecnologia, como conseguiu detectar padrões que tornavam a IA “bajuladora”, para, depois, suprimi-los.
Um dos diferenciais do Claude é a aba de criação de conteúdo “Artifacts”, onde os usuários podem juntar imagens e textos mais livremente. A funcionalidade está disponível na versão gratuita.
Na paga, o Claude ainda conta com a função de leitura de documentos com até 200 mil caracteres, o que permite que a IA trabalhe com contexto. A IA da Anthropic chega ao Brasil com app prontos para smartphones Android e iPhones.
“O Brasil pode nos dar uma boa amostra do uso de inteligência artificial na web e no celular”, diz Krieger, destacando o apego do brasileiro à navegação via smartphone. “Isso pode até mudar nosso planejamento de investimento em cada meio, a depender do sucesso da plataforma nas operações internacionais.”
O app tem integrações com câmera, para reconhecer imagens, e aceita comandos de voz e os responde também em áudio. “Devemos nos aprofundar nessa interatividade ainda mais nos próximos meses.”
O Claude consegue “ler” textos manuscritos, esquemas mentais e fotografias. Além disso, conta com outro modo exclusivo para equipes, vendida por R$ 165 por integrante do time, que deve contar com mais de cinco pessoas.
“A ideia é que os usuários consigam ter uma interação conjunta com o modelo de IA, para que os mais experientes possam ajudar quem ainda está começando.”